domingo, 26 de julho de 2020

Assistência Social em Jacobina: Oportunismo em vez de política transformadora e estruturante

Assistência Social em Jacobina:
Oportunismo em vez de política transformadora e estruturante.

No Brasil, historicamente, a elite brasileira tem utilizado a imagem de pessoas mais vulneráveis no sentido de autopromoção, vemos isso constantemente e, ainda mais, em tempos de eleição. Nesse sentido, não precisamos fazer análises profundas para saber o motivo das "visitas" das pessoas com dinheiro e poder, ocupando cargos públicos indo às pessoas guerreiras, mais pobres financeiramente e que vivem nos lugares menos visitados pelo poder público frequentemente. 

A imagem divulgada recentemente, em visita feita pela prefeitura, em que a Secretária de Assistência Social está ao lado da senhora Benedita, mulher de fibra, negra, trabalhadora, artesã e, matriarca do Quilombo Baraúnas, vemos a prática que a administração de Jacobina vem utilizando, reproduzindo a valorização da imagem do poder público enquanto exerce o silenciamento das donas "Beneditas".
Nós quilombolas, precisamos discutir com a sociedade jacobinense o papel do poder público junto às nossas comunidades, principalmente nesse momento de pandemia em que vivemos. Dessa forma, perguntamos a Secretaria de Assistência Social, por que não foi instituído a lei nº1.540 que garante o Conselho Municipal da Igualdade Racial em Jacobina? Desta maneira, as comunidades quilombolas de Jacobina teriam assistência digna, com direitos à saúde, alimentação e, legalmente tendo direitos respeitados, garantidos pela citada lei municipal.
 
Em reunião realizada com a Defensoria Pública no mês de Junho deste ano, quilombolas espalhados por diversas comunidades de nossa cidade, repassou ao Órgão do Estado, várias demandas, como dificuldade na alimentação e aquisição de alguns medicamentos por conta da pandemia. Nossos quilombos, não estão sendo assistidos pelo poder público como realmente deveria ser. Por exemplo, quantas pessoas deixaram de receber o auxílio emergencial por comunidade? Quantas famílias estão tendo dificuldade em adquirir medicamentos nesse momento de pandemia? 

Em nossa cidade, não existe um plano organizado de combate às dificuldades causadas pela pandemia junto às comunidades. Ao invés disso, vemos uma espetacularização de uma ação mais eleitoreira que contributiva, necessária, às famílias quilombolas de nossa cidade. Por isso, exigimos respeito por parte de quem quer que seja aos nossos irmãos e irmãs quilombolas. Respeitem nossa história, respeitem quem lutou e luta bravamente para manter-se firme dia após dia. Por fim, como seria bom se a Ação Social fosse corriqueiramente nas comunidades e, não simplesmente, fazer visitas esporadicamente, divulgando a imagem de uma senhora de 96 anos sem valorizar sua história, luta, mas reduzindo-a aos interesses do ano eleitoral.

#VereadorJúniordeTodos
#MandatodaInclusãoSocial

#DiasMelhoresVirão

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